Nos últimos anos, apesar da melhoria das técnicas de cultivo dos embriões, protocolos de estimulação ovariana, cirurgia reprodutiva e exames diagnósticos, a taxa de sucesso na FIV (Fertilização In Vitro) tem aumentado lentamente, estando associada a uma taxa de bebês nascidos em torno de 20%. Tendo por base diferentes estudos, os baixos resultados são associados principalmente a aneuploidia do embrião, especialmente em mulheres com idade avançada, receptividade endometrial e possivelmente a transferência embrionária.
A técnica de transferência mudou pouco desde sua primeira descrição em 1993. Algumas variáveis estão sendo estudadas, tais como evitar sangramento durante o procedimento, tipo do cateter usado, tempo de remoção do cateter e período de repouso após a transferência.
A utilidade da ultrassonografia na transferência embrionária com o intuito de aumentar as taxas de gestação tem sido objeto de muitos estudos. A técnica mais estudada é o USG transabdominal. As vantagens de se associar o USG podem ser o baixo custo do procedimento, a visualização e confirmação da inserção do cateter no útero e a possibilidade de depositar os embriões no local ideal da cavidade endometrial. As desvantagens poderiam ser a necessidade de um outro profissional, um tempo maior de procedimento e a necessidade da bexiga da paciente estar cheia.
Os estudos realizados por pesquisadores do Instituto Valenciano de Infertilidade, Espanha, mostraram os efeitos benéficos da USG transabdominal nas taxas de gravidez e bebês nascidos. Em conclusão, considerando que a USG é uma ferramenta de fácil acesso nos centros de Reprodução, seu uso deve ser indicado pois associa -se a melhores resultados.
Fonte: Reproductive Biomedicine Online, 36:524-542, 2018