O sucesso da FIV depende de um embrião viável, um endométrio receptivo e uma técnica de transferência embrionária (TE) ideal.
A transferência dos embriões tem um enorme impacto no resultado da FIV. Acredita-se que esta etapa seja responsável por 30% dos insucessos. Apesar de ser uma etapa de fácil execução, são frequentes as transferências de difícil realização, que se associam a menores taxas de gestação. As variáveis que influenciam a TE incluem o uso obrigatório de ultrassonografia para guiar o processo; dificuldade na execução; tipo do cateter usado; técnica de carregamento do cateter com os embriões; presença de sangue e/ou muco cervical; repetição da TE por retorno dos embriões para o cateter; experiência da equipe; e precisa colocação do embrião no útero.
Casos associados a dificuldade de visualização do processo pela ultrassonografia ou com necessidade de manobras adicionais, como o uso de histerometro ou pinças, apresentam menores taxas de gravidez. No entanto, as taxas de aborto ou gravidez ectópica são similares para TE fáceis ou difíceis. Tendo-se em mente a importância desta etapa para o sucesso da FIV o objetivo das clínicas de reprodução é realizar a TE ideal.
Fonte: Fertility Sterility, 107(3): 657-663, 2017