Na espécie humana observamos uma taxa de 20% de gestação pelo método natural. Por outro lado, a taxa de gravidez com tratamentos de FIV – Fertilização In Vitro é de 40%. Assim, mesmo com os tratamentos mais avançados da atualidade, como a FIV, a maioria dos embriões não implanta e a gravidez não acontece.
A Falha de implantação do embrião no útero é definida como:
- Ausência de gravidez após transferência de pelo menos 4 embriões em 3 ciclos de FIV a fresco ou congelados em mulheres com menos de 40 anos
- Ausência de evolução gestacional após teste de gravidez positivo ou identificação de saco gestacional por ultrassonografia (Taxa de abortamento 20%)
Possíveis causas:
- Receptividade uterina alterada
- Espessura endometrial (abaixo de 8mm seria indesejável)
- Fator uterino (miomas, pólipos, septos, endometrite, adenomiose, alterações estruturais)
- Hidrossalpinge
- Fator imunológico
- Trombofilia (hereditárias como fator V Leiden, fator II protrombina, MTHFR ou adquiridas como síndrome antifosfolipide, células NK)
- Baixa qualidade embrionária
- Desequilíbrio hormonal
- Idade materna avançada (qualidade dos óvulos)
- Cariótipos materno e/ou paterno alterado(s)
- Baixa qualidade espermática
Apesar do avanço científico dos últimos 40 anos desde o nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo, as taxas de gravidez não atingem 100% nem mesmo nos tratamentos de FIV. Muitos estudos têm sido feitos para melhorar os resultados, tanto nos procedimentos laboratoriais como no tratamento médico. Estamos à procura do “embrião ideal” que seja capaz de implantar e se tornar um bebê.