A obesidade tem sido associada a um risco aumentado de abortamento. Na Austrália estudos estão sendo realizados com mulheres obesas que engravidaram após a transferência de embriões geneticamente normais e sofreram aborto.
Pacientes magras (Índice de Massa Corpórea até 24,9 kg/m2) apresentaram menor taxa de aborto (14,2%) que pacientes acima do peso (29,1%) ou obesas (41,9%). No entanto, o estudo genético do material do aborto de mulheres obesas e a análise dos embriões mostraram menor taxa de alterações cromossômicas que de mulheres magras.
Assim, mulheres obesas ou acima do peso tem maior chance de abortamento, mesmo em uma gravidez com embriões geneticamente normais. Os pesquisadores acreditam que a taxa aumentada de abortamento em mulheres obesas possa estar relacionada a uma alteração no processo de implantação ao invés de anormalidade genética do embrião.
Fonte: RBM Online, Reproductive Biomedicine Online, 34: 90-97, 2017