Esta semana se comemora o dia internacional do meio ambiente. Alertas sobre a destruição do nosso planeta são necessários para conscientizar a população da necessidade de preservar. Além disso, a poluição do ar é a sexta maior ameaça à nossa saúde. Os casais que tentam engravidar devem ficar atentos aos fatores ambientais que podem interferir na fertilidade.
Aquele casal que mantem relações sexuais sem uso de nenhum método contraceptivo deve procurar ajuda médica caso não engravide naturalmente no período de um ano. A avaliação do médico especialista em reprodução humana inclui exames diagnósticos como dosagens hormonais e exames de imagem; bem como a avaliação da história e do estilo de vida do casal. Um homem que exerça uma profissão em que seja exposto a agentes tóxicos (pesticidas, herbicidas, fungicidas, éter, tolueno, solventes, metais pesados, entre outros) ou a temperaturas elevadas (siderúrgicas e caldeiras) pode apresentar alterações espermáticas importantes. Uma mulher submetida a tratamento de quimioterapia ou que sofra exposição repetida a radiação tem sua ovulação comprometida. Da mesma forma, um casal que mora em uma área com índices elevados de poluição deve pesquisar possíveis causas ambientais para sua dificuldade de engravidar. Além disso, estudos feitos em universidades dos Estados Unidos mostraram uma relação entre exposição a poluição ambiental e perdas gestacionais. Pesquisas tem relacionado fatores ambientais a ocorrência de mutações, abortos, malformações fetais, menopausa precoce, irregularidade menstrual, defeitos genéticos e esterilidade.
O meio ambiente pode ser responsável por alterações que dificultam ou impedem uma gravidez. A identificação destas agressões e sua resolução pode ser tudo o que seja preciso para que a gestação aconteça naturalmente.
Fonte: Fert Ster, 109(1): 148-153 (2018)