Um estudo americano publicado recentemente avaliou a taxa de bebês nascidos vivos de pacientes com prognóstico de resposta ruim ao tratamento de FIV (critério de Bologna).
Foram analisadas 278 pacientes e a pesquisa concluiu que somente pacientes com mais de 42 anos se beneficiam da transferência de três ou mais embriões (taxa de gestação de 7,4%). Para as pacientes abaixo desta idade não foi encontrada diferença estatística significativa entre a transferência de 1 ou 2 embriões (33,3%).
Além disso, os pesquisadores defendem a tese de que a taxa atual de bebês nascidos pode ser melhorada nos próximos anos quando aprendermos a “trabalhar com ovários mais velhos”. No entanto esse progresso só acontecerá se os especialistas tiverem coragem de buscar novos horizontes em fertilização in vitro. Os autores acreditam que é necessário parar de olhar para a doação de óvulos como uma opção de tratamento de primeira linha, e aceitá-la como o fracasso que representa, sendo apenas uma segunda opção, até podermos ajudar as pacientes a alcançar a maternidade genética.
Fertility and Sterility, vol. 104 nº 6, December 2015