Desde o nascimento do primeiro bebê por FIV em 1978, milhares de crianças estão sendo concebidas por técnicas de reprodução assistida (TRA). Em alguns países da Europa cerca de 5% dos filhos nascem com a ajuda de tratamentos para fertilidade.
Acredita-se que mais de 5 milhões de crianças tenham nascido após concepção assistida. Assim, surgiram dúvidas sobre a saúde destes bebês ao longo de sua vida. Um grupo de pesquisadores em Israel acompanhou adolescentes nascidos por técnicas de reprodução e avaliaram dados como pressão arterial, peso e altura; existência de doenças como asma e diabetes; ocorrência de doença renal, problemas de visão, distúrbios gastrointestinais, epilepsia, alterações psicológicas; e, desempenho em testes cognitivos.
A comparação entre adolescentes nascidos por TRA e outros concebidos espontaneamente não revelou diferenças importantes nos parâmetros de condições de saúde, distúrbios mentais ou habilidade cognitiva. No entanto, foram observadas diferenças em vários destes parâmetros quando múltiplos foram comparados com fetos únicos. Devido ao difundido uso de TRA, torna-se necessária a monitorização contínua destas crianças até sua fase adulta.
Fonte: Fertility Sterility, 107(3): 774-780, 2017