Transferência de Embrião Único

Estudos publicados pela American Society for Reproductive Medicine mostraram que 23% das mulheres com menos de 38 anos submetidas a tratamentos de FIV engravidaram de gêmeos. Embora esta taxa venha diminuindo com o tempo, ainda é muito alta considerando as complicações médicas para os bebes e suas mães e os custos financeiros.

O aumento das taxas de gestações múltiplas associa-se ao maior uso das técnicas de reprodução. Com o intuito de compensar a baixa taxa de implantação, vários embriões são transferidos, aumentando o risco de gemelaridade. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte mostraram que quando um embrião é transferido (estágio de clivagem ou blastocisto) a chance de gestação múltipla é de 2%. Por outro lado, quando 2 embriões são transferidos para mães com menos de 35 anos, esta probabilidade aumenta para 25%.

A taxa de gravidez em ciclos de FIV com transferência de 2 embriões é 10-15% maior que nos casos com um único embrião transferido. No entanto a probabilidade de gestação múltipla aumenta de 2 a 49%. A gemelaridade está relacionada a aumento nas taxas de pré-eclampsia, parto prematuro, bebes com baixo peso ao nascer, complicações respiratórias, levando a um maior risco materno e neonatal. A transferência de apenas um embrião (“single embryo transfer”) é a melhor conduta para reduzir as taxas de gravidez múltipla. O nascimento de UM bebe saudável deve ser o objetivo de todos os tratamentos de FIV.

Fonte: Fert. Ster., 108(5): 750-756