Fertilidade – o que pode ajudar?

Vários estudos que investigam fatores podem interferir com a fertilidade.

IDADE – A fertilidade varia e diminui com a idade em homens e mulheres, mas os efeitos são mais profundos nas mulheres. Para elas, a chance de gravidez diminui significativamente após 35 anos. Apesar dos parâmetros seminais também diminuírem com a idade, a fertilidade masculina parece não ser afetada até os 50 anos.

ABSTINÊNCIA SEXUAL – Intervalos de abstinência sexual maiores que 5 dias afetam a contagem de espermatozoides, enquanto que intervalos de 2 dias estão associados à concentrações espermáticas normais. No entanto, alguns pesquisadores defendem que relações sexuais diárias não estão associadas à diminuição da concentração de espermatozoides e mostram ainda maior taxa de gravidez.

QUANDO – Acredita-se que a maior chance de gravidez ocorra 2 dias antes da ovulação (“janela de fertilidade”). Kits de detecção da ovulação e observação de alterações no muco cervical podem ajudar a determinar o período ideal para a gravidez (6 dias até o dia da ovulação).

DIETA – A fertilidade pode ser afetada pela dieta. Pacientes muito magras ou obesas apresentam taxa de gravidez menores. O efeito do álcool sobre a fertilidade feminina ainda não foi estabelecido claramente, embora alguns estudos mostrem que pacientes que consomem grande quantidade de álcool apresentam maior dificuldade de engravidar (acima de 2 drinks/dia). Da mesma forma, observa-se uma diminuição da fertilidade em casos de consumo excessivo de cafeína (acima de 5 xícaras/dia).

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS – Drogas, poluentes, substâncias químicas tóxicas como pesticidas e metais pesados, tem sido reconhecidos como causas potenciais da diminuição da fertilidade. Da mesma forma, o fumo tem efeitos adversos sobre a capacidade reprodutiva. Pacientes que fumam tem maior probabilidade de serem inférteis. A menopausa também parece ocorrer mais precocemente (1-4 anos) em fumantes. Um risco aumentado de abortamento também foi relacionado ao fumo.

Fonte: Fert. Steril., 107(1): 52-58, 2017